quarta-feira, janeiro 11, 2006

Aquecedor a óleo!

Acordei hoje muito mal disposto. Uma perna na cama a outra na porta, um braço pendurado no estendal na varanda… enfim, uma desgraça. Vai daí resolvi ligar a um decorador de interiores uma telefonia para ouvir as notícias da manhã que era muito minha amiga desde os tempos mortos em que nada se fazia. Quando o decorador chegou tocou à campainha mas eu não ouvi porque não tenho campainha e então ele bateu à porta. Fui abrir e apertei-o com um cumprimento de mão ou cumprimentei-o com um aperto de mão, não consigo recordar porque já passaram aproximadamente 27 minutos
"Eu mudava aqui qualquer coisa", disse-me o decorador, sugerindo que ficasse "coisa qualquer".
Anuí e ele tirou um maço de tabaco do bolso, perguntando-me se podia fumar.
"Claro que pode, não há problema. Eu não conto aos seus pais."
"Tem lume?"
"Não gosto muito de fazer fogueiras em casa mas tenho aqui um aquecedor a óleo", respondi.
"Tudo bem… está um frio do caneco ou do caraças, fico sempre sem saber a quem pertence o frio…".
"Se fosse como o futuro… que a Deus pertence, seria fácil…", retorqui tentando ter um ar inteligente.
"Não adianta tentar ter ar inteligente que não consegue, artolas de um raio. Despache lá a porra da história que tenho de entrar ao serviço na charcutaria do Pingo Doce da Abuxarda daqui a meia-hora…"

1 comentário:

Unknown disse...

o kéketuqueresdezercomessaestóriadetemposmortos?

Sê directo!

É só bocas.. só bocas...