
Estava eu a reflectir a luz do sol quando entrou pela porta o sr. Jean Val Chan. O relógio marcava dois golos e acabava de falhar o terceiro por escassos quilómetros. Bebi meio copo de plástico cheio com água fresca e comi dois pêssegos, um ainda verde e o outro também verde. As plantas eram confusas e quando as reguei deixei de perceber as áreas mas pareceu-me que os quartos eram grandes, bem maiores, de resto, do que os terceiros, embora os quintos fossem um pouco mais avantajados. Ofereci a mim próprio a possibilidade de me oferecer alguma coisa, embora eu não tivesse preferência sobre qualquer coisa em especial, sendo certo, no entanto, que estaria na disposição de receber qualquer coisa desde que fosse dada com carinho. Estava um calor insuportável lá fora, mais propriamente na varanda, enquanto que na janela estava mais fresco porque tinha colocado uma ventoinha no parapeito que me rapou todos os pêlos do peito quando me debrucei para ver uma menina de mini-saia que se tinha agachado para apanhar duas molas do cabelo que tinha deixado cair quando um senhor de cerca de 51 anos, 3 meses, 27 dias, 16 horas, 25 minutos e 12 seg... 13 seg.... 14... 15....16...17 segundos, lhe deu um encontrão quando ia distraído a ler o Expresso.
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